sexta-feira, 30 de maio de 2025

Pan-africanismo e Aquilombamento um retrato Brasileiro

Franz Kafka em uma de suas obras elucida o quanto que em vista de uma validação social o único caminho segundo ele, para o Negro na sociedade construída e estruturada por pessoas Brancas é se tornar "como um Branco", ou seja agir e se integrar ao sistema para assim conquistar um certo nível de "equidade" e "respeito", mas até onde isso é condizente?

Dentro dessa perspectiva, ao se integrar o Negro se desfaz de sua própria cultura e identidade, passando justamente pelo processo de colonização idealizado pelos colonizadores, e sendo assim, apenas dando razão aos povos que não souberam respeitar a liberdade dos outros povos, tendo esta questão em vista, dentro de uma perspectiva Brasileira, ou melhor Tupiniquim, essa questão que foi debatida, estudada e desenvolvida na França, não tem porque se aplicar em terras Brasileiras, tendo em vista que vários povos através da libertação de seus cárceres criaram os Quilombos, esses que deu origem a pessoas extraordinárias como o Nego Bispo, que em sua narrativa aliada com seu pensamento contra colonial, recusou os títulos de Doutor por defender que seu conhecimento não era apenas seu, mas de todo o seu povo.

Em contrapartida tendo em vista a sociedade em que os quilombos estão inseridos, se faz necessário em que haja uma diplomacia para que as sociedades funcionem como um ecossistema onde um não prejudique o outro, dando como exemplo o Próprio Nego Bispo que em sua vida, depois de aprender a ler, teve que lidar com inúmeras burocracias para possibilitar, ajudar e fazer a manutenção dos quilombos tornando-os reconhecidos pelo estado, mas sem nunca abandonar sua narrativa, dando palestras como um comum, nunca aceitando o título cujo qual havia todo merecimento mas que fazia questão de não aceitar, histórias como esta, mostra como é necessário haver um entendimento mútuo de todos os mundos, porque ao se isolar o indivíduo cai no ostracismo e acaba se isimindo dos próprios direitos, e em um mundo onde o normal é ignorar o direitos desses povos diasporicos frutos da resistência, se isolar do conhecimento que atualmente esta disponível é um ato de submissão.

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