quarta-feira, 7 de maio de 2025

Capítulo 15 - Viagem Inusitada

 

Capítulo 15 - Boticário


            Depois que sua mãe entrou para o Museu, ela passou a ter menos tempo em casa, por conta da dedicação que gostava de ter para impressionar os novos chefes, e quando em casa, costumava estudar sobre sua nova área de atuação para se manter atualizada. Para Akin era divertido observar o crescimento pessoal de sua mãe depois de ter passado tanto tempo com algumas dificuldades financeiras. Houve um dia que ela chegou exausta, mas com um grande sorriso no rosto.

– Filho, precisamos conversar...

            – Lá vem... O que houve dessa vez?

            – Não se preocupe, são boas notícias, a diretoria do Museu feliz com meu desempenho no trabalho me deu uma pequena promoção e com isso me proporcionaram uma bolsa de estudos para você. Você irá para um colégio melhor, e isso não é negociável, sabe o quanto eu me importo com os seus estudos, você será transferido esse mês ainda, então se despeça dos colegas de turma.

             – Isso não é justo, eu nem tenho tempo para poder me despedir direito, como o Chiclete e o Junior vão se virar sem mim?

– Eles têm pais Akin.

– E a Rafaela mora muito longe, como eu vou a ver?

– Quem é Rafaela, Akin?

– Ninguém, mãe, esquece.

– Olha sua vida viu.

– Você poderá continuar os vendo, mas infelizmente não no colégio, seja compreensivo filho, é uma melhora para a gente e principalmente para você. – Letícia continuou. – Além do mais, não quero saber de você brigando de novo, já basta a última vez, mudar de escola pode lhe fazer muito bem.

Akin passou um tempo analisando a situação, sabia que era uma mudança muito repentina, porém sabia também o quanto aquilo era importante para o seu futuro e também para sua mãe, ela sempre tentou proporcionar tudo que ela não teve, e essa mudança seria essencial para eles continuarem progredindo.

– Tá bom mãe, só preciso de um tempo, vou pro quarto.

Ele queria não estar alí naquele momento para não ter que lidar com esses sentimentos agora, então ele decidiu meditar para descansar. Passou um bom tempo parado, respirando e tentando acalmar os pensamentos que estavam nublados por conta de tantos acontecimentos, foi então que ele caiu no sono…

Estava tudo muito quieto, quieto demais, e de repente ele estava em frente a Casa de madeira, tinha um tempo que ele não a via, aparentemente as coisas estavam no lugar, o gorila estava na varanda deitado, o Carcará estava rondando a Árvore ao longe, mas havia uma sensação estranha, um clima denso, então ele decidiu entrar na casa. Percebeu a mudança logo que entrou, o tapete em frente a poltrona que fica em frente das estantes de livros estava fora do lugar, e embaixo dele para sua surpresa havia uma porta, ele correu até o local e abriu, para sua surpresa era uma escada que dava, para um porão, foi até o quarto para ver se estava tudo em ordem, e pegou uma tocha para iluminar a passagem.

Chegou até a porta do porão e começou a descer, e antes de acender a tocha, percebeu que não iria precisar dela, o local estava iluminado, mas com uma luz fraca, decidiu ir descendo com cautela para não cair, a escada era bastante íngreme, o local parecia muito bem limpo, chegou no fim da escada e percebeu que havia um aroma doce no ar, não sabia dizer o que era, mas era muito atraente ao olfato, estava em um local parecido com uma coisa que leu nos livros de história chamado Boticário, um lugar cheio de recipientes de vidro com soluções e infusões dentro, tinha uma mesa no centro que tinha um Recipiente de vidro cor vermelha, com uma runa escrita no pote, e que para sua surpresa estava aberta.


Decidiu chegar perto para investigar do que se tratava, mas conforme ele foi se aproximando foi ficando tonto, decidiu então sair de lá, mas já era tarde, ele foi perdendo os sentidos pouco a pouco até que desmaiou, mas antes de cair no chão ouviu uma figura feminina, mas os olhos estavam pesados, a pálpebra não obedecia a ele não conseguiu ver o rosto, ele apenas...
dormiu…

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