terça-feira, 20 de maio de 2025

Capítulo 21 - Sabendo a Verdade

 

Capítulo 21 - Sabendo a Verdade

Era uma manhã ensolarada quando Akin acordou em sua cama, em um bairro de subúrbio de uma cidade mediana, não tão grande a ponto de ser metrópole, nem tão pequena a ponto de ser um sítio, havia locais da cidade bem desenvolvidos, e outros não tão desenvolvidos assim, ele vivia em uma região também mediana, não era grande o suficiente pra ser um bairro nobre, nem distante o suficiente para ser um distrito, tinha acesso a todos os locais da cidade quando desejasse por conta da facilidade de encontrar condução, mas nem sempre era tão rápido quanto gostaria, aquele dia em específico estava bastante disposto, arrumou suas coisas e foi para o colégio.

Lembrava que precisava saber de quem eram as vozes que ouviu no dia anterior e também tinha que buscar ajuda para descobrir mais sobre a chave seguinte que não fazia ideia do que significava.

– E aí, cara, está melhor? - Okedirá veio falando de longe.

– Ah!! E aí, eu estou bem, minha vida anda um pouco agitada só, foram muitas mudanças em pouco tempo.

– Entendi, quando eu cheguei aqui fiquei um pouco perdido também, mas você se acostuma fácil, vem, vou te mostrar o pessoal.

– Pessoal?

– É, não ando com muita gente, mas tenho minha galera. - Chega mais.

Eles caminharam em direção ao pátio, em um banco grande de pedra que ficava próximo à cantina havia um rapaz, forte, alto, um pouco acima do peso, pardo, com um caderno de desenho na mão e uma caixa de lápis ao lado, que não parava de rabiscar, do outro lado uma menina de olhos negro, baixa, cabelo liso ondulado, com os olhos um pouco puxados, e pele branca como papel, mechendo em um notebook, bem concentrada.

– Fala, galera, esse é o Akin, o mano que eu falei pra vocês, Akin esses são o Magno e Bruna, Ele tem um dom curioso de desenhar muito bem, mas às vezes não ouve o que a gente tá dizendo, porque ele não larga o caderno, a Bruna, enfim, melhor você a conhecer por você mesmo.

– Obrigada, Okedirá, - E olhou em tom ameaçador para ele - Olá Akin, gosta de música?

– Bastante, ouço de tudo um pouco.

– Não amole o cara, acabou de chegar, deixa ele se acostumar com a gente primeiro, ei Akin, dá uma olhada nesse desenho se ficou legal.

Okedirá riu e pôs a mão no rosto em tom de desaprovação.

– Vocês são péssimos.

Enquanto eles conversavam, Akin ouviu novamente a voz que tinha escutado vindo da diretoria, olhou para trás rapidamente para ver quem era, o rapaz olhou de volta para ele, com uma expressão bem séria, mas continuou conversando com um dos professores, e saiu do campo de visão deles.

– Quem é aquele cara barbudo que conversava com o professor de matemática? - Perguntou.

– Aquele é o Ricardo, é um dos sócios do colégio, mas não vem muito aqui, quem passa muito tempo aqui é o Sr. F.

– Effe? - Perguntou sem entender.

– Não, Senhor F. - Ele tem nome, mas ninguém lembra porque, só chama ele assim, e ele não liga, em algum momento você vai o conhecer, pode apostar.

Um tempo depois de conversarem, deu a hora da aula, correu tudo normal, Akin ainda estava tentando se acostumar com o silêncio, mas até que gostava, conseguia se concentrar melhor, depois da aula eles se reencontraram no pátio, e se despediram e foram pra casa, no caminho Akin pediu pra mãe dele o deixar na loja da Karen.

– E aí, como estão as coisas? - Perguntou ela assim que ele entrou.

– Preciso da sua ajuda. - falou em tom firme.

– Você sabe que temos que seguir a Ordem né? - Ela o advertiu.

– Acho que isso é extracurricular. - Ele a chamou para sentar, e contou tudo que havia acontecido com ele no santuário da Lua.

– Você pode anotar aqui exatamente como estava escrito a frase em cima da porta do Santuário? - entregou um papel e caneta para ele.

anotou: “É aqui que se descobre o F I M”,

– Tem certeza que estava escrito dessa forma? - ela perguntou curiosa.

– Sim tenho, não tem como esquecer, foi a última coisa que eu lembrei antes de apagar.

– Então isso é um jogo de palavras, as letras juntas formam uma palavra, mas com esse espaçamento pode significar uma sigla.

– Como assim uma sigla? Será que tem a ver com o outro tempo? - nisso ele contou como foi resgatado pelo gorila e como voltou para lá com Thainá.

– Você acha que pode confiar nessa tal Thainá? - Karen parecia muito receosa, sabia como as pessoas que trabalhavam fazendo essas explorações eram, e não gostava da ideia de Akin por aí, se aventurando com outra mulher.

– Sim, ela me ajudou muito, sem ela não teria conseguido traduzir o pergaminho, nem entrar no santuário, muito menos descobrir que se tratava do santuário do deus Fantasus. - falou empolgado.

– Espera, você disse Fantasus? - Karen pegou o papel, e começou a rabiscar.

– O que você está fazendo?

– Quando você descreveu a estátua, eu havia pensado em várias divindades que poderiam se relacionar com criaturas monstruosas, mas a estátua de Fantasus estar ligada a anterior não me parece uma coincidência.

– Sim a Thainá falou algo sobre Terra Onírica, que estava escrito na abóbada do santuário.

– Existem três irmãos que são considerados os filhos do Somno, eles são o Fobetor, Fântaso e Morfeu.

– Sim, mas o que isso tem a ver com esses rabiscos da sigla aí que você está fazendo, nenhum deles tem I no nome.

– Acontece que no Olimpo, o Fobetor é conhecido como Ícelo. - Concluiu a Karen

Fântaso, Ícelo, Morfeu.

F I M


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