Capítulo 33 - Nova vida
Sentia seu corpo flutuar, mas não enxergava nada, apenas uma sensação de estar em movimento, até que seu corpo repousou em um lugar macio e quente, estava em seu quarto novamente, não sabia exatamente o que fazer e como agir a partir dali, como encararia a Karen depois de tudo isso?
– Akin!! Não vá se
atrasar!! - Gritou a mãe dele, preocupada com o horário.
– Já estou indo!!!
Se arrumou para mais um dia
no colégio, precisava focar em seus estudos e lembrou que tinha um encontro com
Sr. Vincus marcado depois do colégio, mas tinha certeza que aquele não seria um
dia comum, precisava conversar com o Magno que tinha assuntos pendentes com o
seu mentor.
Sua mãe tentou puxar
assunto por todo o caminho notando que o filho estava muito diferente desde o
dia anterior, mas não rendeu muito assunto.
– Se cuida, tá bom?
– Fica tranquila, tá tudo
bem. – Respondeu disfarçando um sorriso.
Magno já o aguardava na
frente dos portões, com uma cara preocupada.
– Cara, tá tudo bem? Soube
que te encontraram desmaiado ontem, o que aconteceu?
– Descobri que uma pessoa
que eu gosto muito não é confiável, e está com algo que não é dela.
– Como assim?
– A pessoa que me indicou a
Ars Magna foi uma garota… – E começou a contar a história de como entrou para o
magno.
– Cara, temos que conversar
com o Sr. F. ele vai saber o que fazer.
– Mas eu não o conheço.
– Fica tranquilo, ele é um
cara legal, já estou estudando com ele faz um tempo, ele com certeza vai saber
o que fazer, não lembra que estão tentando deixar ele fora do caminho? É
justamente porque ele é um gênio, estão tentando o evitar.
– Vamos lá então, não temos
muitas opções de fato.
– Calma, a Rayla é a
secretária dele, temos que o encontrar em outro lugar.
– E como vamos falar com
ele?
– Não se preocupe, vem
comigo – Magno o chamou parecendo empolgado.
– Para onde estamos indo?
– O Sr. F. quase nunca fica
em sua sala, só para receber visitas e para resolver problemas, a maior parte
do tempo ele fica andando pelo colégio, às vezes eu acho que é procurando
alguma coisa que ele pode melhorar, mas quando não está fazendo isso ele fica
aqui.
– Mas aqui é o Teatro, não
tem ninguém.
– Exatamente, ele não gosta
de ser incomodado quando está lendo.
Quando entraram, o Sr. F
estava sentado em uma das primeiras cadeiras da primeira fileira do teatro, com
um livro na mão e um cubo mágico montado na cadeira ao lado.
– Qual é a emergência,
Magno? – Falou ao longe, em uma voz que ecoou por todo o salão.
– Mas você nem falou nada –
Akin cochichou para Magno surpreso.
– Precisamos conversar
sobre o seu sócio. – Magno o respondeu – Como eu falei, ele não gosta de ser
incomodado – cochichou de volta para Akin.
– Venham, sentem-se, e
espero que tenha um bom motivo para você ter me trazido visitas aqui.
Os meninos desceram as
escadas que levavam às primeiras cadeiras do teatro e se sentaram nas poltronas
atrás do Sr. F para poderem conversar melhor.
– Bem, como eu posso dizer…
o Ricardo e a Rayla estão querendo manter o senhor afastado de umas coisas que
eles estão fazendo. – Magno tentou articular da melhor forma que pôde.
– Não entendi, o Ricardo
tem seus próprios negócios, eu não me envolvo.
– Ele e a Rayla são
Mariposas, estão tramando contra a Ars Magna por baixo dos panos para acelerar
a tecnologia deles. – Akin falou impaciente.
O Sr. F. pela primeira vez
tirou os olhos do livro, e olhou diretamente para Akin.
– O que você disse?
– Eles estão atrás da
Caneta do Fântaso que está em posse da Esme, e está tentando tirar o Sr. do
caminho.
O Sr. F. não tirou os olhos
de Akin e não piscava, parecia estar analisando-o e as informações ditas.
– Se o que diz é verdade,
temos problemas sérios, você é o novo membro que tem causado confusão, não é?
– Sim, é o que parece.
– Gostei de você, o que
pretende fazer quanto a isso?
– Na verdade eu não sei,
vim aqui porque o Magno confia em você, e não tenho muitas opções.
– Certo… venham comigo.
– Mas temos aula, Akin
falou.
– A situação exige certa
urgência, não se preocupe, eu falo com os professores que foi uma atividade
extracurricular.
Ao chegarem na garagem ele
abriu a porta de uma Lamborghini gallardo azul marinho, quase preta.
– Esse é o seu carro? -
Akin falou surpreso.
– É um deles – entrem.
– Mas só tem 2 bancos.
– Se apertarem um pouco da
pra ir, estou com pressa pra trocar de carro, e não vamos muito longe.
Eles saíram do colégio e
foram diretamente para a Sede da Ars Magna, que fica na mansão do Vincus, ao
chegar no portão ele tocou o interfone.
– Quem gostaria? - Falou
uma voz rouca do interfone.
– Sr. F.
– Não temos visitas para
esse horário.
– Fale com ele que é uma
emergência da sociedade.
Não demorou para o portão
abrir e eles irem em direção ao casarão, os meninos desceram do carro ainda
animados pelo passeio num carro de luxo, e o seguiram até a porta, onde foram
recebidos por um mordomo.
– Marcelo, por favor,
leve-me até o Vincus.
– O Sr. Vincus se encontra
em seu escritório, já o aguarda.
Eles foram conduzidos pelo
mordomo até o escritório, que estava fechado com duas portas de correr, o
mordomo às abriu e o Sr. Vincus se encontrava sentado atrás de sua escrivaninha
bebendo um copo de Whisky.
– Por favor, sentem-se, a
que devo a honra de uma visita inesperada em um horário inoportuno? Achei que
tínhamos marcado para o horário da tarde - Falou para Akin.
– Não culpe o garoto, eu
que os trouxe, temos problemas, e dos grandes para resolver.
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