sábado, 19 de abril de 2025

Cru

Deserto de lamentações
Ventos de mal agouro
caminho de falsas emoções
Vozes de fundo de poço 

Ecoam em meus ouvidos
Ecos de Sombra de morte
Se arrastam em minhas entranhas
O festejar de quem não quer minha sorte

Rejeitado por tudo e todos
Iludido por um banquete
Onde tudo parece fácil
Mas nada está a frente

Cansado de tanto me iludir
Penso pra frente
Imaginando o fim
Dessa solidão ardente 

Nada está claro
A escuridão é tudo
Ninguém é teu nome raso
A multidão consome mudo

Festa em um velório
Choros em uma festa
O tempo do relógio 
É tudo que me resta

Angústia que arde o sangue
Como ácido me corrói por inteiro
Sociedade decrépida, infame
Bala perdida que acerta em cheio.

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