segunda-feira, 7 de abril de 2025

Capítulo 06 - Nas águas, a Paz.

 

Capítulo 06 - Nas águas, a Paz.

Agora em frente à casa novamente, ainda estava com a sensação estranha do último lugar que visitou, precisava descansar um pouco antes de continuar explorar a região, entrou na casa, se deitou no sofá e ficou lá por uns minutos, estava tão aflito pelo que tinha acabado de experimentar ficou com receio de seguir sem pensar direito para onde ia.

Depois de descansar decidiu ir em direção ao lado da casa que não havia janela, ainda não havia explorado aquele lado, andou devagar nessa direção até notar que essa área era estranhamente pedregosa, havia árvores que impediam parcialmente a entrada do sol, em alguns locais o sol não chegava, havia vegetação de todos os tamanhos, era um ambiente bem variado.


Andou por um tempo explorando melhor o local e pela primeira vez estava perdido, não lembrava de como voltava para a casa, mas não se incomodou com isso, apenas continuou explorando, em dado momento ele notou umas pedras com escrituras gravadas, havia umas setas que levava a outras pedras com escrituras como se fosse um mapa, que não sabia onde ia levar, mas decidiu seguir, no caminho avistou uma onça próximo a uma árvore coletando algumas frutas, ignorou e decidiu continuar seguindo o caminho das pedras, não queria deixar o animal com raiva a ponto de o atacar, as pedras para sua surpresa o levou para uma fonte de Água doce que dava para um lago, era um ambiente bastante úmido, as pedras ao redor estavam estranhamente bem posicionadas, parecia um local sagrado construído a muito tempo.

– Como isso pode existir aqui? - falou Akin para si mesmo.

– Foi criado a muito tempo por uma civilização mais antiga do que podemos imaginar. – Falou uma voz de uma mulher em um tom suave, ecoando da floresta até o local onde estava, próximo à fonte.

– Quem está aí? – Perguntou assustado, não tinha notado a presença de ninguém alí até então.

Sem resposta, resolveu lavar o rosto e beber a água da fonte, o que instantaneamente o fez se sentir muito bem, como se uma sensação de alegria o preenchesse.

– Essa água não parece normal.

– É porque a fonte não é normal. – A voz o respondeu novamente.

Observou melhor o ambiente, não havia ninguém por perto, viu que havia uns coqueiros, resolveu subir neles, retirou os cocos, usou pedras pontiagudas para descascar, e perfurar a parte mais dura, bebeu o máximo de água de coco que conseguiu pra não desperdiçar.

– O que faz aqui, garoto?

– Se você me disser quem é, talvez eu possa confiar em você.

            – Se você prometer que não vai voltar, talvez não precise.

– Eu não sei como voltar. – Confessou.

– Talvez se você refazer o caminho das pedras que lhe trouxeram até aqui, você consiga retornar, mas já vou avisando, se tornar a voltar, não vou lhe ensinar o caminho novamente, e vou garantir para que sua volta não aconteça. – A voz suave passou a ter um tom ameaçador.

– Me parece justo. – Akin falou indo em direção às pedras com inscrições.

Foi tateando-as, e procurando, foi arriscando o caminho dessa forma, soube que estava no caminho certo pois começou a reconhecer algumas pedras e foi percebendo que realmente estava refazendo o caminho que o levou até a fonte, por sorte, fez a escolha certa, estava novamente no campo.

– Melhor não voltar lá até saber se realmente estou sozinho por aqui. – Pensou alto enquanto entrava na casa e rumava em direção ao segundo andar.

Havia outras portas e tentou abri-las, mas sem sucesso, mas curiosamente a porta da direita, em frente da que havia aberto anteriormente não estava trancada, entrou e encontrou um ateliê, havia uma pintura do Zen com uma garota de olhos verdes sorrindo em frente a uma Árvore grande, vários desenhos claramente feito por uma criança, vários objetos bonecos feito de madeira, um agogô e um atabaque pequeno, observou melhor o que havia em cima da mesa e eram livros e quando abriu, notou que eram de desenhos, várias imagens da natureza, de animais e também do que pareciam ser pessoas, mas com uma aparência um pouco mística, algumas flutuavam.

– Que ambiente confortável, mas o que será que o Zen ta fazendo nessa imagem? – Decidiu ir descansar no outro cômodo.

Acordou novamente no seu quarto, pela primeira vez havia saído da meditação de forma tranquila, dessa vez com a mente mais cansada do que quando começou, mas com uma sensação de estar com o corpo leve. Realmente precisava tomar mais cuidado.

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