Capítulo 10 - Nos becos da cidade
Akin passou várias semanas voltando a biblioteca procurando livros que lhe dessem uma boa descrição de pedras e joias, mas no fundo sabia que só era uma desculpa para tentar reencontrar Karen, quando saiu da biblioteca decidiu passar por um local da cidade que não costumava ir com muita frequência pois era movimentado demais e se sentia um pouco perdido em ambientes assim, lá vendia todo tipo de coisa, era uma feira livre onde tinha vários tipos de lojas diferentes, inclusive lojas de outros países, foi então que passou por uma de antiguidades que também vendia livros e decidiu entrar para ver se encontrava alguma pista do que procurava.
Quando entrou na loja foi recebido por uma senhora de cabelos grisalhos,
mas ela ficava apenas atrás do balcão distraída lendo, ela olhou por cima do
livro pra ver se o menino que acabara de entrar ia mexer em algo, mas logo
voltou a ler. Depois de um tempo distraído procurando mais livros, o garoto
encontrou um que falava sobre adivinhação e pedras preciosas, foi então que
ouviu uma voz familiar “Posso ajudar?”
– Karen!?
–
Ah, é você?
–
O que faz por aqui?
–
Eu trabalho aqui, a loja é da minha família.
–
Por que você não disse que trabalhava numa loja assim?
–
Porque você não perguntou, ué.
–
Então, agora você pode me ajudar a encontrar o livro, ou não?
Ela olhou pra cima e fez uma cara engraçada, pensou mais um pouco e
decidiu ajudar, vamos, o que você procura não fica disponível para qualquer
público, tem uma seção mais reservada aqui, eu te mostro.
Passaram por um corredor que havia livros dos dois lados, no final do
corredor havia uma cortina que dava para uma sala, quando entraram na sala
ficou surpreso, havia vários artefatos estranhos, pedras preciosas e
semipreciosas, globos de vidros, estátuas de todos os tipos, de várias culturas
diferentes, e uma estante de livros.
– Bem, aqui ficam os livros que não estão disponíveis para qualquer
público. – Karen falou com um ar
misterioso.
– E por que você tem acesso?
– Porque eu sou neta da dona.
Akin ficou surpreso, e a seguiu em direção à estante de livros.
Passaram um bom tempo lá conversando e pesquisando, e depois de um tempo
acharam um que explicava sobre Talismãs.
Juntou suas economias e comprou o livro.
– Então, preciso ir, você está aqui sempre?
– Bem, quase sempre.
– Então até logo – se despediu da Karen com um sorriso um pouco forçado,
de quem não sabia exatamente o que dizer. – Depois volto aqui para te ver.
– Tudo bem, desde que compre alguma coisa – Respondeu rindo e deu uma
olhada estranha para a senhora que estava no balcão.
Cumprimentou as duas novamente e foi embora, passando por diversos becos
rua, passou por uma praça que havia uma igreja muito famosa na cidade, próximo
dela, em uma rua antes havia uma feirinha livre, com muito ambulantes,
precisava de muita atenção para chegar até o local onde se pega o transporte
para casa.
Ao entrar em uma das Vans notou que havia um rapaz de dreads longos,
jogando alguma coisa no celular, com fones de ouvidos e com uma roupa no estilo
grunge completamente distraído com o celular.
“Visual maneiro” pensou.
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