quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Ensaio sobre a Justiça

 

Abstrações sobre a República de Platão

O diálogo se estende sobre reflexões sobre a justiça, no primeiro diálogo é discutido se a justiça é mais vantajosa ou menos vantajosa do que a injustiça e qual é a natureza da mesma, a conclusão que é chegada através de várias comparações entre dois pontos, bom e mau, amigos e inimigos, ignorante e sábios, é que a justiça é mais vantajosa por se tratar de uma Virtude e de uma Sabedoria, se aproximando das virtudes divinas.

No segundo diálogo essa afirmação é posta à prova através da reflexão acerca da história do anel de giges, anel que torna seu portador invisível, e de tal modo se isso fosse possível, não seria mais vantajoso ser injusto já que não seria possível aplicar a punição sobre o mesmo, mas logo em seguida a justiça é defendida novamente como uma virtude divina na qual os deuses presentearão os mortais nos campos Elísios por ter a seguido e defendido em vida e não contente com essa reflexão, Sócrates continua a defesa da justiça tentando imaginar como ela nasce fazendo uma elaboração mental de uma cidade desde sua fundação até o seu crescimento como uma cidade grande e em seu argumento defende que para que não haja injustiça na cidade os poetas e músicos não poderiam aplicar a injustiça como algo inerente aos Deuses, já que de tal modo, comparando uma ignorância a um Deus, estaria desvirtuando o sentido de superioridade dos mesmos, fazendo com que nasça dentro da imaginação das crianças e adolescentes a ideia de que aquilo que eles devem se espelhar (Deuses) são tanto bons como maus, e fazendo isso, faz nascer a injustiça pois, e aqui vem a minha percepção, a Justiça em si, só é possível quando se tem um objeto referência, quando se é necessário comparar A com B, ou X com Y, parece se tratar de um cálculo onde depois de realizado o cálculo mostra o resultado, e a injustiça se dá quando esse cálculo da errado, ou seja A + B = C seria justo mas quando se equivocam dizendo que A + B = X nasce a injustiça.

No terceiro diálogo, é explorado o fato da justiça ser uma virtude nobre e para tal seria necessário tirar a injustiça dos poetas sobre o Hades e retirar ou corrigir as partes em que falam mal desse além vida, reforçando os elogios sobre o mesmo e também os elogios sobre os Heróis e Semideuses (filhos dos deuses), para que desse modo seja refletido de maneira a inspirar aos jovens e adultos boas práticas de vida, diminuindo as lamúrias e aumentando as gratidões, e também a reformulação das músicas de acordo com a profissão de cada indivíduo, de modo que músicas impetuosas e alegres para os guerreiro como por exemplo e seja diminuído as músicas tristes a fim de diminuir o sofrimento da alma de quem as escuta.

Referências Bibliográficas

Platão. A República. Nova Cultural. 1997.

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