terça-feira, 18 de novembro de 2025

Full Metal Alchemist e o preço da evolução espiritual

    


     Full Metal Alchemist começa com a história de dois irmãos que não tiveram um pai presente, e que desde muito novos tiveram acessos a livros filosóficos extremamente profundos que davam aos mesmos um conhecimento extraordinário sobre alquimia, que segundo o anime, seria a técnica de transformar alguns objetos em outros objetos, através do que eles chamam de troca equivalente. Em dado momento os dois tiveram que lidar com o fato do falecimento da mãe deles, devido a uma doença e decidem então, já que não tinham o pai presente, fazer um tipo de alquimia que era proibida pelos "Alquimistas do Estado" que nada mais era que um órgão regulador que administrava todas as pessoas que tinham esse talento (Talento esse que não era inato, e sim um conhecimento adquirido, passado de Mestre para aluno.), mas ao realizar essa técnica, os dois acabam tendo uma Epifania, e chegam a um estado de Gnose que os levam a uma transcendência espiritual, mas é quando isso acontece que eles lidam com o maior dilema que poderiam ter.

    Por não ter uma supervisão de um Mestre, e também por não ter o conhecimento nescessário que tal técnica exige, os dois acabam atravessando um portal e conhecendo um ser que o entendimento Gnóstico se chama Demiurgo, e tal ser diz que para realizar este tipo específico de técnica, é nescessário pagar um preço, mas que preço é esse?

    A obra realiza de várias metáforas para explicar como é custoso e penoso ter o entendimento aprofundado destes assuntos, por alguns chamados de Religião de Mistério, outros de Gnosticismo, alguns outros de Filosofia Oculta, e por alguns de Ocultismo. O Ocidente tem um entendimento muito pouco claro sobre como funciona a Alquimia e também sobre o que isso implica, quais são as consequências de começar a estudar o assunto e onde isso leva, mas o Oriente tem diversas maneiras de explicar como tal técnica funciona, visto que as visões de mundo entre ambas são muito diferentes.

    Enquanto o Ocidente tem uma visão materialista e visa o lucro para se obter posse e concentra seus valores na concentração e acúmulos de bens materiais para se obter maior poder aquisitivo, o Oriente foca a sua visão em uma percepção de mundo mais naturalista, onde a energia do indivíduo e da natureza são uma só, visão essa que é compartilhada também em África, que também é Oriente em sua cosmologia.

    Tais foram os conhecimentos que o protagonista acaba percebendo em toda sua jornada para recuperar o que foi retirado dele, mas o que ele percebe ao realizar tal entendimento é que a alquimia acaba sendo apenas um atalho para um maior desenvolvimento e aperfeiçoamento de si próprio, e que o erro deles não foi terem trilhado este caminho, mas sim ter feito tal coisa sem a presença de um Mestre.



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