segunda-feira, 7 de julho de 2025

Capítulo 45 - Proximidade Inesperada

 



Capítulo 45 - Proximidade Inesperada

Letícia saiu do banheiro limpando as Lágrimas, e foi em direção a sala do Sr.Baron Decidida em conversar com o Sr.F., bateu na porta do escritório e entrou lentamente, mas assim quem ela procurava já não estava lá.

– Para onde foi a sua visita?

– Ele precisou sair, assim que terminamos de conversar ele foi embora. - Respondeu o Sr.Baron guardando alguns documentos.

– Ah, tudo bem, ele trabalha no Sain’t Phillipus? – perguntou a Letícia tentando não parecer intrometida.

– É o sócio majoritário e diretor, tem interesse no Sr.F. Letícia? – Posso inverter os papéis hoje e dar o recado para você.

– Não precisa, tá tudo bem, se ele é o sócio majoritário, porque ele não escolheu outra pessoa para conduzir o colégio? - Continuou a conversa indo para sua mesa.

– Acho que compartilhamos a mesma ideia de que precisamos ver as coisas funcionando para tomar melhores decisões, e assim, não perder nossos investimentos – Baron respondeu lembrando que o Sr.F. havia dito que havia alguém no museu que ele não queria ver.

– E porque chama ele assim?

– Todos o chamam assim, ele prefere ser discreto, deve ser algum tipo de superstição. – Ele respondeu notando que Letícia havia se perdido em seus pensamentos, ela definitivamente conhecia o seu amigo.

Akin e Ariel ainda passeavam pelo museu.

– Queria te mostrar uma coisa. – Ariel falou para Akin em tom confidente.

– O quê? Ainda tem mais coisas pra ver? já passamos por tantos lugares.

– Sim, ainda tem, sendo filha de quem sou, descobri que tem mais algumas áreas que não ficam disponíveis para o público – Foi falando enquanto guiava o Akin para uma parte do observatório onde havia uma porta no fundo da sala, mas que estava fechada com uma placa escrito: Apenas para funcionários.

– Ei, não podemos entrar aí.

– Eu tenho a chave – Ariel falou já abrindo a porta e o chamando para dentro.

Era uma sala redonda com um céu estrelado projetado em 360° como a outra, mas que tinha todas as constelações do Zodíaco e uma estátua da Musa da Astronomia em Evidência no centro.

– O que seria isso? – Akin foi chegando perto da estátua para ler a descrição na placa logo em baixo.

– Uma vez meu pai me mostrou isso aqui dizendo que era um Santuário.

– “Urânia, Doação realizada pela Ars Magna em Honra a grande musa da Astronomia e Intelecto” – Leu Akin em voz alta.

– Sim, é a sociedade que meu pai faz parte. – A Ariel confessou.

– Fiquei sabendo – falou Akin distraído.

– Como assim?

– Eu também faço parte da Ars Magna – Admitiu Akin, percebendo que não havia mais como mentir, depois que já havia dito.

– Uau, meu pai nunca fala sobre ela, pode me falar sobre? – Ariel falou encostando nele, mas deixou a pequena bolsa que carregava seus documentos cair quando ao se aproximar esbarrou na estátua.

– Deixa que eu pego… – Os dois abaixaram juntos para pegar.

Ao levantarem ficaram muito próximos um do outro, próximos demais… Akin conseguia sentir o cheiro do perfume dela, e Ariel conseguia ver as estrelas sendo refletidas nos olhos escuros do Akin, já haviam se desconectado do tempo, naquele momento só havia eles dois, foram se aproximando lentamente, e tocaram seus lábios com certa delicadeza pela intimidade recém construída, o clima gerado pela ótima tarde que tiveram juntos tornou o momento mágico, o beijo continuou e foi fazendo o coração do casal palpitar, a mão de Akin já estava em sua cintura, e ela o abraçava com os dois braços em sua nuca.

– Me beijou para não falar sobre a Sociedade? Quanta coragem. – Ariel falou sorrindo quando seus lábios se afastaram.

– Sabe que não foi por isso. – Akin sorriu, afastando-se lentamente, enquanto entregava-a a bolsa. – Geralmente fazemos pesquisas e atividades filantrópicas, mas eu por enquanto só estudo e faço algumas atividades. – Tentou resumir para não dar muitos detalhes.

– Dessa parte eu sei, achei que daria mais detalhes.

– Sabe que não posso – ele falou rindo sem jeito e coçando a cabeça – Mas acho que pode acabar entrando se você se esforçar, ou pedir pro seu pai.

– Não sei… ele tenta me manter um pouco distante desses assuntos, mas eu realmente gostaria, esse clima de mistério é excitante. – Ariel olhou-o com um olhar flamejante que o fez lembrar da Thainá.

Um funcionário do museu entrou ao notar a porta aberta.

– O que estão fazendo aqui? Essa área é restrita.

– Desculpe Sr. nós já estamos de saída – Arriscou Ariel, com um olhar simpático para o funcionário.

– Bom, saiam logo para eu não me complicar, não mexeram em nada, não é?

– Não, boa noite! – Akin se despediu fechando a porta logo atrás.

– Essa foi por pouco, meu pai não pode saber que estive aqui. – Ariel falou rindo.

– É melhor irmos então. –

– Você se importa de não comentar sobre o que aconteceu hoje?

– Pode ficar tranquila, não ia fazer bem nem pra mim, nem para você.

Ariel consentiu, mas dava para notar uma certa tristeza no seu olhar.

 

 

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