Texto de: Sophia Lima e Jasmin Leite
Orientador: Kevin Estevam
A imposição dos padrões de beleza é um fenômeno cultural e social que varia ao longo da história. Em sociedades onde a escassez era uma realidade, corpos gordos eram considerados ideais, pois simbolizavam fartura e status social elevado. Já em contextos modernos, a valorização da magreza e das modificações estéticas reflete novas exigências sociais. Essas mudanças impactam diretamente a autoestima, identidade e comportamento, mostrando como a busca pelo ideal de beleza influencia a vida das pessoas de maneira profunda.
Os padrões de beleza variam conforme o contexto social e econômico. Em épocas de escassez, como no Paleolítico Superior, corpos gordos eram valorizados por representarem fartura e status. A Vênus de Willendorf, estatueta datada de 25.000 a.C., exemplifica esse ideal, com formas arredondadas que simbolizavam fertilidade e prosperidade. Além disso, essa imagem estava ligada ao culto à Grande Mãe Terra, associada à abundância. Assim, a Vênus comprova que, em certos períodos históricos, o corpo gordo era um símbolo de poder e segurança, diferente dos padrões atuais, que impõem a magreza como ideal.
Nos padrões estéticos plásticos dos tempos de hoje, onde o corpo é modelado cirurgicamente para cumprir padrões estéticos irreais, se incluem procedimentos como aplicação de lentes de contato, cirurgias plásticas, lipoaspiração, entre outros. Esses procedimentos são comuns justamente devido à busca pela perfeição estética. Um exemplo disso é o caso de Maya Massafera, que, para tentar se adequar aos padrões de beleza, acabou ultrapassando alguns limites que podem afetar sua saúde. Esse padrão de beleza mais irreal é geralmente mais cobrado em classes sociais de maior poder aquisitivo, o que pode gerar problemas psicológicos nas bases da classe média para baixo por não cumprir essas expectativas.
Kendrick Lamar, em seus versos, explora a insegurança que muitas mulheres sentem em relação à sua aparência. Ele descreve a mulher como uma modelo, mas também questiona a necessidade de tanta maquiagem. Lamar sugere que as imperfeições naturais são uma bênção e que a verdadeira beleza vem de dentro.
Com isso, pode-se ver a arte como formadora de pensamento. Através das músicas, videoclipes e até da estética das roupas e das performances, há um incentivo ao pensamento crítico, principalmente dentro da cultura Hip Hop, que, apesar de pop, mantém boa parte dos seus discursos como contracultura.
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