Capítulo 58 – Interior de uma nova realidade
Por muito tempo, Morpheus,
ao invés de estar olhando para os seres humanos e suas demandas no seu período
afastado de seu Avatar, ao identificar a corrupção contida em boa parte dos
homens, decidiu fazer uma viagem aos próprios antepassados, decidiu mergulhar
em sua própria imensidão e conhecer as entidades que a muito tempo dormiam,
visto que é a fé do Homem quem mais fornece poder aos deuses, e quanto mais esses
são esquecidos, mais eles enfraquecem, mas não deixam de existir, e sendo assim,
seus olhos voltaram para aqueles que a muito foram esquecidos, mas que ainda
residiam na imensidão da noite, muito, mas muito distante de seus avatares,
nessa região da imensidão do universo ele conheceu entidades tão antigas quanto
o próprio tempo, de civilizações tão remotas quanto a própria religião, Sabendo
a origem dos povos que eram devotos a ele, em sua busca, ele se distanciou
dessa raiz, se conectando a entidades de povos que foram muito prejudicados por
outras civilizações, sabia que a briga com seu irmão era algo tão humano, que
fez ele se compadecer com as dores daqueles que foram esquecidos, assim como
ele agora também estava, era nisso que ele pensava enquanto fazia a viagem ao
sono do Jovem Onirê.